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por Valessa Dias de Oliveira

Tudo começou na hora do banho. Estávamos em casa à noite, eu cansada após um longo dia de trabalho, ela chegando da escola e só querendo se jogar no sofá pra assistir desenho até adormecer.

– Não quero tomar banho e nem fazer lição! Quero ver desenho!

-Agora não. É hora do banho. Depois você pode ver desenho.

– Quero ver desenho agora! Você é uma chata, nunca me deixa fazer o que eu quero!

-Filha, você voltou da escola agora, está toda suada. Lembra que combinamos que você sempre poderia ver desenho depois de tomar banho e fazer a tarefa de casa?

– Não! Não e não! Quero desenho agora!

Desse ponto segue-se uma queda de braço que termina em criança chorando (ou melhor, berrando) debaixo do chuveiro e uma mãe frustrada por ter arrumado uma briga no único momento do dia em que poderia compartilhar um momento agradável e divertido com a filha.

Cenas como essa são relatadas com frequência no consultório. “Será que agi certo? Ela precisa aprender que existem regras e que elas devem ser seguidas”. “Sinto culpa por obrigá-la/o a fazer as coisas na base da briga ou da ameaça”, “Como devo estabelecer regras?”, “Devo dar castigo?”, “Adianta ameaçar?”. Muitos pais se questionam sobre como fazer os filhos seguirem regras sem tornar tudo uma briga.

Em geral, regras são estabelecidas para garantir o bom funcionamento de um local e/ou permitir um relacionamento respeitoso em relação aos valores e hábitos daqueles que ali convivem. Portanto, é bastante relevante que as crianças aprendam sobre isso.  Aprender a seguir regras envolve discriminar que em um determinado contexto, para um comportamento específico haverá uma consequência específica. Então, se levantar e começar a conversar na sala de aula enquanto a professora faz uma explicação acarretará em repreensão; diante da solicitação da mãe, guardar os brinquedos espalhados terá como consequência um quarto organizado e possível elogio dos pais.

Cada família tem seus próprios critérios para determinar suas regras, porém é importante que os pais saibam que não devem excessivas nem rígidas e difíceis de serem cumpridas, pois isso aumentaria a possibilidade de não serem seguidas. Devem considerar a idade da criança e as habilidades que ela possui para compreender e executar aquele tipo de tarefa. Além disso, é necessário que fiquem claras as consequências, por exemplo, após a lição pode assistir TV, se não fizer a lição ficará sem ver TV. Na verdade, é necessário que os pais se certifiquem que ficou claro para a criança o que se espera dela e quais serão as consequências.

Aqui vale destacar a questão da punição. O não seguimento da regra acarretará uma consequência que, muitas vezes significa um castigo. Não pretendo entrar, neste momento, na discussão sobre o uso ou não da punição. Fato é que os pais a utilizam, então meu objetivo é pensar em alternativas eficazes para prevenir o seu uso.

E se, ao invés de um castigo, for oferecida à criança uma escolha? Se substituirmos o “se não fizer a lição não tem vídeo game” por “se você faz a lição no horário combinado, pode jogar vídeo game depois. Se não faz a lição no horário, não haverá tempo para vídeo game, pois ainda haverá a lição pra fazer. O que prefere?”

A ideia é propor combinados, ou seja, são propostas situações e descritas as consequências para cada uma e a criança opta. Uma regra pode assim ser implementada, porém, fazer combinados significa oferecer possibilidade de escolha, propor caminhos e descrever consequências.

Um exemplo: você pode arrumar a sua cama antes do banho e depois podemos brincar juntos um pouco ou toma banho e depois arruma a cama, mas aí não poderemos brincar. O que acha melhor? Caso a escolha seja por arrumar a cama depois, é importante garantir que isso seja cumprido ainda que seja necessário acompanhá-la na realização da tarefa. Consistência vale ouro em situações como essa, portanto faça acontecer o que foi combinado.

Cabe aos pais avaliar o que é negociável ou não. Por exemplo, escovar os dentes após as refeições não deve ser uma escolha, mas também não precisa ser uma imposição agressiva. Ler uma historinha após a escovação dos dentes para dormir pode ser algo que favoreça a motivação para a tarefa.

Lembrando que, com crianças é sempre mais interessante utilizar sentenças curtas e diretas, além de frases afirmativas explicitando o que se espera dela. Então ao invés de dar um sermão e dizer para não chorar, não fazer malcriação ou não sair correndo no shopping, simplesmente diga o que ela deve fazer. “No shopping quero que você ande ao meu lado de mãos dadas comigo, ok?”

Por fim, claro, mostrar reconhecimento e valorizar o fato dela ter cumprido o combinado e nunca, em hipótese alguma, dizer que ela não fez mais do que a obrigação. Frases como essa são contraproducentes e desmotivam qualquer um.

Como se vê não é tarefa fácil ensinar crianças, com maestria elas nos colocam situações desafiadoras diariamente, gerando dúvidas e culpa muitas vezes. Porém, tudo pode ser mais leve se nos colocarmos ao lado delas. Como diria Janusz Korczak, isso não significa descer ao seu nível de compreensão, mas sim elevar-nos ao nível de seus sentimentos e estender-lhes as mãos.


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Estresse na Vida Diária – O que fazer?
-por Pedro Quaresma Cardoso

Primeiramente é necessário afirmar que o estresse ou, como prefiro chamá-lo, estado de alerta, sempre foi fundamental para a sobrevivência de nossa espécie. Humanos muito calmos morreram antes de deixar descendentes. Assim, alterações fisiológicas e comportamentais a que a pessoa é submetida em situações perigosas, como de fuga de predadores e de reação rápida a eventos perigosos, são essenciais para que o indivíduo sobreviva e passe suas características a seus descendentes.

Dentre essas alterações podemos ressaltar: aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, aceleração da respiração, aumento da tensão muscular, aumento da sudorese e outras. Com relação às alterações comportamentais constatou-se que o indivíduo em estado de alerta tende ficar atento aos fatores importantes para a resolução do problema ao qual está exposto. Seja ele, terminar uma planilha antes que o chefe reclame ou preparar um plano de fuga numa rua perigosa.

No entanto, o estresse se torna um problema se há manifestações desproporcionais em: intensidade, duração e frequência em que ocorrem. Nesse caso, pode-se observar interferência no desempenho, ou seja, o indivíduo produz menos, com mais erros ou simplesmente pára de produzir. Muitas vezes a atenção deixa de ser focada no trabalho em si e é voltada para atividades sem relevância. Além disso, pode haver paralisação momentânea em situações extremas nas quais não há ações possíveis que cessem o estímulo aversivo.

Alguns sinais de que o estresse está virando um problema são alterações como: dificuldade de concentração, lentificação da atividade em curso, dificuldade de aprendizagem, desmotivação, perturbações do sono, impaciência e cansaço. Nesses casos, pode haver também depressão e transtornos de ansiedade – aí é importante que se procure ajuda profissional de um psicoterapeuta. Em outros, dependendo de algumas variáveis, pode haver concomitantemente desequilíbrios no corpo. Os mais comuns são nos sistemas cardiovascular, digestivo e imunológico.

Mas o que podemos fazer para mudar a situação? Em muitos momentos não conseguimos identificar facilmente as situações que realmente nos causam estresse. Para isso, uma boa solução, é fazer terapia comportamental; mas uma boa dica é prestar atenção no nível de tensão muscular. Músculos tensos significam estresse. Tente relacionar esse estado corporal ao que está acontecendo no momento. Isso ajudará a tornar consciente quais estímulos desencadeiam as tensões.

Existem também técnicas de relaxamento extremamente eficazes para auxiliar no desenvolvimento de consciência e controle corporal. Esse pode ser o primeiro passo na busca de um melhor manejo do stress no dia-a-dia. Além disso, para tentar evitá-lo, é necessário que haja uma rotina saudável incluindo atividade física, lazer, boa alimentação e, depois de tudo isso, uma boa noite de sono.


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“O auto-conhecimento tem um valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’, por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento.” (Skinner, 1974, p.31)


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Se você psicólogo consegue se aproximar de ser a utópica audiência não punitiva para seu cliente estará se aproximando de algo sagrado na psicoterapia: A liberdade de pensar alto e expor as verdades mais íntimas.

Amigo é aquele diante de quem podemos pensar em voz alta. (Ellen G. White).


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Por Pedro Quaresma Cardoso

Será que o amor está presente no coração desse cara tão técnico? B.F. Skinner – pasmem! – falou e muito de amor.

Mas minha intenção aqui não é falar do amor dos amantes, nem dos apaixonados. Em tempos de racionamento de água, energia, contas de luz astronômicas e coisa e tal acho que cabe mais falar sobre amor ao próximo. Amor pelo próximo era quase um mantra em seus textos.

Nas entrelinhas, o altruísmo sempre foi o grande motivador da obra dele, mas como diz uma amiga minha: “Ele foi muito claro nas entrelinhas!”. Havia uma preocupação por entender como fazer com que as pessoas deixassem de agir impulsivamente, comendo em excesso, procrastinando, dirigindo perigosamente, usando água, energia e recursos naturais sem preocupação.

Seu grande lema era tentar fazer com que deixássemos a impulsividade de lado na maior parte do tempo e agíssemos sob controle de consequências atrasadas. Aí sim, enfim, teríamos um mundo mais sustentável. “Um mundo meramente feliz não é suficiente; deve ser um mundo que tenha alguma chance de sobrevivência.” (Skinner, 1983, p.395).

Pera aí! Já vou responder se ele tinha amor no coração. Vai vendo.

Lembre-se, o cara era técnico até o último fio de cabelo – dividiu o conceito de amor em três partes. (Se estiver com pressa pule essa parte, mas leia depois):

→ Segundo Skinner as contingências de seleção, natural e operante, que produzem o sentimento de amor devem ser analisadas. Para entendê-las Skinner utiliza três palavras gregas para definir amor: Eros, philia e ágape.

 • Eros: Palavra usualmente empregada para significar amor sexual. A suscetibilidade ao reforçamento pelo contato sexual é um traço evolutivo do ser humano. Portanto, uma parte importante do comportamento sexual e várias dimenções do amor parental foram selecionadas durante a evolução da espécie.

 • Philia: Amor relacionado a situações reforçadoras aprendidas durante a história de vida do indivíduo.  

 • Ágape – evolução cultural: A direção do reforçamento é invertida. Não é o nosso comportamento, mas o comportamento daquele que amamos que é reforçado. O efeito primeiro é sobre o grupo. Ao demonstrar que sentimos prazer pelo que a outra pessoa fez, nós fortalecemos o fazer, e assim fortalecemos o grupo.

Nosso trabalho como terapeutas no consultório passa por esses conceitos. Ensinar os clientes a agir sob controle de reforçadores atrasados – plantar hoje para colher amanhã – é muito importante. Eu diria que é um caminho possível no tratamento dos transtornos depressivos e ansiosos. Porém discutir o conceito de amor altruísta é uma obrigação e um possível legado que nós psicólogos clínicos podemos deixar para cada um de nossos clientes. Sim, nós temos um poder técnico nas mãos que pode ajudar pessoas a se sentirem mais satisfeitas individual e coletivamente sem esquecer que um mundo impulsivo não é sustentável.

Agora me responda você. B.F. Skinner tinha ou não amor no coração? Na minha humilde opinião ele tinha amor no coração, na cabeça (e que cabeça!) e em todos seus textos. Vale a pena ler e reler. Aliás, sim os terapeutas comportamentais também amam!

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NOTA PÚBLICA SOBRE O SUICÍDIO Publicado em 09/05/2014por crp16es As instituições abaixo relacionadas vêm a público colaborar com a desmistificação do tema suicídio, ainda envolto em mistério, tabu e preconceito. O que contribui para uma grande falta de seriedade e adequação em lidar com o assunto. O comportamento suicida é frequentemente cercado por um véu de silêncio, dificultando a comunicação direta, impossibilitando a ajuda social e/ou profissional na prevenção e na recuperação de seus impasses, contribuindo para reforçar o enigma em torno do tema. Suicídio é um ato complexo não sendo resultante de um evento ou fator único, sendo, portanto, impossível atribuir uma causa ou um motivo específico para a sua ocorrência. Envolve diversos fatores, entre eles, a presença de sofrimento psicológico intenso, o que torna a detecção precoce do comportamento suicida, bem como, o seu tratamento adequado, grandes aliados na prevenção. As tentativas de suicídio são praticadas por pessoas que estão sob tensão, como expressão aguda de intensa dor emocional, que pode fazer com que o indivíduo acredite não ser capaz de suportá-la e de encontrar alternativas viáveis, julgando-a interminável. Possível busca de um alívio imediato, como forma de interromper um sofrimento atroz. De acordo com o senso comum, acredita-se que: “quem fala em se matar só quer chamar a atenção”; “quem quer se matar não avisa”; “quando a pessoa melhora, ou sobrevive após uma tentativa, está fora de risco”, “se conversarmos sobre suicídio estaremos incentivando uma pessoa a acabar com a própria vida”; “suicídio acontece apenas com um determinado tipo de pessoa”; “crianças e adolescentes não tentam suicídio”. Tais ideias, longe de explicarem adequadamente o suicídio ou o comportamento/intenção suicida, refletem a superficialidade do entendimento geral de nossa sociedade a respeito de questão tão complexa. O histórico de tentativas anteriores de suicídio e a presença de transtornos psiquiátricos são os principais fatores de risco. Outros fatores podem contribuir para elevar o risco ou indicar risco aumentado, como a presença de doença física crônica, limitante ou dolorosa ou de curso fatal, o uso nocivo de álcool e outras drogas lícitas ou ilícitas, problemas interpessoais, história familiar de suicídio e situações estressoras. Dentre estas, destacam-se perdas recentes significativas, como morte de entes queridos, divórcio, perda de emprego ou outras. A pessoa pode ter fatores de risco e não ter intenção suicida. O que faz diferença entre a decisão de vida ou de morte não é só a presença de fatores de risco, mas também a presença de fatores protetores, como suporte familiar e social, características de personalidade, acesso a serviços de ajuda, que podem fortalecer as estratégias de enfrentamento. O que NÃO fazer: ignorar a situação; fazer o problema parecer banal ou cômico; ficar chocado, envergonhado e/ou em pânico; desafiar a pessoa a continuar em frente; deixar a pessoa sozinha. O que FAZER: ouvir calmamente e com seriedade averiguando a existência de planos ou a ocorrência de tentativas; pedir ajuda a um profissional capacitado da área da saúde; remover os meios possíveis com os quais a pessoa possa se matar; identificar outras formas de dar apoio emocional e, em caso de emergência, levar a um hospital, pois a segurança deve ser resguardada acima de tudo. É preciso um contexto aberto e interessado ao acolhimento da pessoa em crise. A propagação de informações relacionadas à ocorrência de um suicídio deve ser conduzida com cuidado e responsabilidade, inclusive considerando o respeito devido aos familiares e sua perda, devendo a mídia seguir padrões sugeridos pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pela Organização Mundial de Saúde, de maneira a que se estabeleça uma parceria fundamental para a prevenção, já que é sabido que a população de risco pode copiar comportamentos suicidas divulgados pela imprensa. Observa-se ainda, que existe a necessidade de sensibilização quanto ao tema nos setores público e privado de saúde, bem como, a atualização das políticas de saúde mental com relação à prevenção do suicídio para atender à demanda que vem sendo negligenciada. Caso você identifique algum sinal de risco, procure um profissional de saúde o mais rapidamente possível. Sua atitude pode salvar uma vida.

Assinam a presente Nota Pública: -Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região- ES (CRP16/ES); -Associação de Terapia Familiar do Espírito Santo (ATEFES); -Apoio a Perdas Irreparáveis (API); -Núcleo de Estudos em Ciência e Espiritualidade da Universidade Federal do Espírito Santo (NECE/SAUESP/UFES); -Centro de Estudos e Pesquisa em Epidemiologia Psiquiátrica da Universidade Federal do Espírito Santo (CEPEP/UFES); -Centro de Estudos de Psiquiatria do Espírito Santo (CEPES); – Associação Médica Espírita do Espírito Santo (AMEES); -Asociacíon de Suicidologia de Latinoamérica y el Caribe (ASULAC).   FONTE:  http://crp16es.wordpress.com/2014/05/09/nota-publica-sobre-o-suicidio/


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Nossa atuação profissional atual, assim como a de grande parte dos analistas do comportamento do Brasil se deve aos esforços desses professores. Que o legado deixado pela geração de Carolina Bori sirva como referência para as gerações futuras. Parabéns Deisy das Graças e Julio de Rose pelas conquistas e pela homenagem. Parabéns por fazerem história. Parabéns aos nossos professores.

 

“No dia 16 de maio, foi realizada, no Campus São Carlos da UFSCar, a cerimônia de inauguração do edifício Carolina Bori, que passa a abrigar pesquisadores que atuam com foco em processos básicos de aprendizagem e no desenvolvimento de metodologias para a Educação Especial, em atividades que englobam ensino, pesquisa e extensão. Os pesquisadores têm relação com os cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia e em Educação Especial da Universidade.

O edifício é formado por cinco laboratórios de pesquisa: Laboratório de Estudos do Comportamento Humano (LECH); Unidade de Iniciação à Leitura; Laboratório de Aprendizagem Humana, Multimídia Interativa e Ensino Informatizado (LAHMIEI); Laboratório de Estudos sobre Deficiência e Educação (LEDE); e Laboratório de Processos e Práticas Educativas (LPPE). Além disso, o LECH e a Unidade de Iniciação à Leitura são sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE), que congrega, além da UFSCar, outras quatro universidades brasileiras e uma dos Estados Unidos.

 

O nome do edifício homenageia a professora Carolina Martuscelli Bori, docente da Universidade de São Paulo (USP) falecida em 2004. Bori foi diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da UFSCar entre os anos de 1976 e 1979. Nessa posição, foi uma das principais responsáveis pela ampliação do escopo de atuação do Centro naquele momento e, principalmente, pela implantação da pós-graduação em Educação Especial na Universidade, no final da década de 70. Carolina Bori já havia sido homenageada pela UFSCar em 2003, quando recebeu o título de Doutora Honoris Causa.

Para a construção do edifício, foram investidos cerca de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 1 milhão oriundos do CT-Infra (Fundo de Infraestrutura, voltado ao financiamento de projetos institucionais de aprimoramento da infraestrutura para a pesquisa) e R$ 500 mil complementados pela Universidade.

Consolidação
Deisy das Graças de Souza, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) e Coordenadora do INCT-ECCE, explicou, durante a cerimônia de inauguração, que a nova infraestrutura vai permitir uma expressiva melhora no desenvolvimento das pesquisas sobre Educação Especial, área que possui grande tradição na Universidade, e melhoras também na estrutura do DPsi. “É muito emocionante podermos inaugurar esse espaço que é, de certa forma, a consolidação de um trabalho que fazemos há tantos anos na UFSCar. Trabalhamos em rede com outros pesquisadores em um modelo que tem se mostrado bastante eficiente, sendo o número de dissertações, teses e publicações em geral um indicativo desse sucesso. Além disso, é com muita satisfação que homenageamos a professora Carolina, que está na origem disso tudo não só por tudo que fez pelo País, mas também por formar as pessoas que estão aqui hoje”, afirmou Souza.

 

Adilson de Oliveira, Vice-Reitor da UFSCar; Targino de Araújo Filho, Reitor; e Deisy das Graças de Souza, docente do DPsi. No retrato, a professora Carolina Bori, homenageada no nome do novo edifício. (Foto: Débora Taño – CCS/UFSCar)

A Diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da UFSCar, Wanda Aparecida Machado Hoffmann, ressaltou a importância do novo espaço e os esforços de todos que contribuíram para esse resultado. “Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer obrigada. Este espaço é fruto de um trabalho muito sério e da luta de muitas pessoas para que chegássemos a esse momento. É, então, um momento de comemoração e de motivação, para seguir em frente com ainda mais entusiasmo”, disse Hoffmann.”

FONTE: http://www.blogdareitoria.ufscar.br/?p=1746


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Esse vídeo foi criado e publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a reflexão sobre a depressão.

Atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro.
Projeções da OMS estimam que no ano de 2030, entre todas as doenças, a depressão será a mais comum. Existem tratamentos efetivos, mas menos da metade dos afetados pela doença recebem qualquer tipo de tratamento. Os números da Previdência Social também não param de crescer e a depressão tem sido fonte de afastamentos longos e incapacidade para o trabalho.
Como existe uma grande chance da depressão tornar-se uma doenças crônica em que a pessoa pode ter diversos episódios de adoecimento ao longo da vida, o tratamento é fundamental.
Se você ou alguém próximo a você sofre de depressão, procure ajuda profissional. Esse pode ser o primeiro grande passo em direção a uma grande mudança. Esse cachorro preto não precisa ser um inimigo. Veja o vídeo abaixo:

Clique aqui e assista

 

 

FONTE: http://www.contioutra.com/eu-tinha-um-cachorro-preto-seu-nome-era-depressao/


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ESTADÃO

Que a amamentação faz bem para a saúde física e emocional do bebê, a ciência não tem dúvidas. Mas um novo estudo reforça a hipótese de que esses benefícios possam ser ainda mais duradouros, com repercussões depois da primeira infância.

Crianças que mamaram no seio materno por pelo menos 6 meses se mostraram mais inteligentes aos 8 anos de idade em uma pesquisa com centenas de voluntários divulgada na penúltima edição da publicação científica brasileira Jornal de Pediatria, do bimestre julho/agosto.

O trabalho tem algumas contribuições fundamentais para o tema: foi realizado no Brasil, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, uma vez que as referências científicas sobre o assunto usadas no País são quase sempre internacionais e há poucos dados recentes.

Além disso, a metodologia empregada no trabalho permitiu excluir possíveis fatores de interferência nos resultados, como a escolaridade da mãe, a renda familiar e o nível socioeconômico da família. Para o estudo, foi considerada uma amostra aleatória de 30% de todos os nascimentos ocorridos em hospitais públicos de Pelotas entre setembro de 2002 e maio de 2003. Depois, as crianças foram acompanhadas aos 30, 90 e 180 dias de vida. Por último, aos 8 anos, passaram por um teste para medir o coeficiente de inteligência, conhecido como teste de Raven. Chegaram à etapa final do processo 560 crianças.

As crianças amamentadas por pelo menos 6 meses, mesmo nos casos em que o aleitamento materno não foi exclusivo, tiveram um desempenho superior no teste de Raven em relação às demais. O estudo foi conduzido pela médica pediatra Ana Fonseca, durante seu mestrado em Saúde e Comportamento pela Universidade Católica de Pelotas. A profissional falou exclusivamente ao Pílulas. Veja alguns trechos.

O aleitamento materno, além de fortalecer o vínculo entre a mãe e seu bebê, traz benefícios já bem documentados à saúde infantil. Qual é o diferencial desse estudo?
Muitos dos estudos que estão na literatura científica sobre o tema são americanos ou europeus. Grande parte foi feita nos anos 1990, quando o tema foi amplamente pesquisado, e trata apenas dos benefícios a curto prazo. E há problemas metodológicos: os estudos não conseguiam separar fatores que podem interferir nos resultados, como a escolaridade da mãe e o nível socioeconômico da família. Na minha pesquisa, com o método da regressão logística, foi possível excluir esses fatores de confusão. E então, depois disso, foi possível comprovar que a amamentação sozinha, descontados os possíveis fatores de interferência, faz diferença no QI. Ou seja: isso ocorre independentemente de a mãe morar em uma favela ou numa boa casa.

Como foi possível mensurar essa diferença de QI?
As crianças que mamaram por pelo menos seis meses fizeram 2 pontos a mais que as outras no teste de Raven. Para a faixa etária de 8 anos, é possível dizer que essa diferença é de aproximadamente 5%. O teste de Raven mostra o raciocínio, ele é muito prático, está relacionado à habilidade de resolver problemas, por exemplo.

FONTE: http://blogs.estadao.com.br/pilulas/criancas-que-mamaram-por-pelo-menos-6-meses-sao-mais-inteligentes-aos-8-anos/


Instituto Agir e Pensar

Temos como objetivo participar na solução de problemas e na melhoria da qualidade de vida das pessoas, oferecendo serviços de alto valor técnico que propiciem autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e profissional. Temos o compromisso de atuar com informações de base científica, com ética, responsabilidade, dedicação e compromisso com os resultados.